25.7.09

Não distingo o Teu olhar

"Quando Jesus chegou ao local, olhou para cima e disse-lhe: 'Zaqueu, desce depressa, que Eu hoje devo ficar em tua casa'." (Lc 19, 1-10)
Quantas vezes Jesus, tu olhas para mim e eu não me dou conta e depois passo o tempo a reclamar de estares ausente, de não me escutares, de não me olhares. Afinal, não és Tu que não me olhas, sou eu que não distingo o Teu olhar.
Oh meu Bem-Amado, que sempre e em todo o momento eu deixe que o meu olhar se cruze com o Teu para que o meu coração também se possa transformar como o de Zaqueu.
Oh Tesouro da minha alma, quero descer rápido da minha árvore, saltar dela para fora. Ela me impede de te estender a mão, de Te fixar nos olhos. Minha árvore, minha vida, minha miséria, meu pecado.
A multidão que não me deixa aproximar de Ti acabou por me ajudar, pois fez-me lutar por Te ver. Fez-me subir.
Assim também os acontecimentos de cada dia, sobretudo aqueles mais duros, mais difíceis, as tribulações, provações ao me tentarem impedir de me aproximar de Ti, devem também fazer-me lutar por Te ver, subir para Te encontrar.
Encontraram-se os nossos olhares e o movimento agora é o da descida: descer ao coração para que apercebendo-me da minha pequenez Te reconheça como Senhor e te deixe entrar e ficar em minha casa.
Ao meu nada, acorres Tu que és o Tudo.
Vem, enche de paz a minha casa. Torna-a acolhedora para quem dela se aproxima.
(Campo Maior, 20.11.07)

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